sábado, 30 de outubro de 2010

Faça Exercícios Abominais Corretamente

  Hoje vamos estudar um pouco as flexões torácicas. Exercício largamente utilizado em todos os ambientes da academia seja na Musculação, salas de Ginástica e estúdios de Pilates e, raramente, feito (e ensinado) com precisão.
  É importante lembrar que as flexões torácicas (e cervicais) são o início de todos os rolamentos completos como  roll-up, teaser, neck pull etc.
executando (e ensinando) corretamente o exercício abdominal
executando (e ensinando) corretamente o exercício abdominal
Prática:
  Inicie o movimento deitado, braços ao longo do corpo sentindo os 3 pontos de alinhamento da coluna neutra no solo (crânio, torácica e sacro). Vamos manter as pernas flexionadas com pés paralelos na largura dos ísquios. Sinta seus ossos das pernas bem paralelos e seus pés firmes no solo. Pode-se colocar uma bola entre as pernas
  Inspire suavemente pelo nariz e, enquanto expira longamente pela boca, eleve os dois braços paralelos e longos flexionando os ombros enquanto desce as costelas mantendo a relação destas com a bacia , estabilizando a cintura escapular e a coluna torácica. Quando os cotovelos estiverem alinhados com as orelhas flexione-os e coloque suas mãos atrás da cabeça.
  É muito importante organizar esta posição inicial. As mãos estão atrás da cabeça, na base da nuca e fazem uma tração suave como se fosse fazer um coque com os cabelos. Em oposição, os ombros estão baixos com as escápulas acopladas nas costas. O úmero e o antebraço tracionam em direções opostas de forma que a cervical fica alongada e a cabeça pesada nas mãos. Gosto da imagem da estrutura da pipa com seus fios estirados nas pontas das varetas.
  Os úmeros ficam num ângulo que dá continuidade as escápulas e clavículas até se projetarem para fora pela ponta dos cotovelos. É como se formássemos com os braços e clavículas uma canoa de ossos.
  Inspire suavemente e, enquanto expira sentindo o peso do sacro no solo, ative o assoalho pélvico e, no amaciar do esterno e descer das costelas, abaixe suavemente o queixo flexionando levemente atlas e áxis e deixe a flexão continuar por cada vértebra até que ombros e a parte alta das escápulas saiam do chão. Cada articulação entre as vértebras flexiona apenas um pouco.
  A cabeça segue pesada nas mãos e a musculatura abdominal se responsabiliza por elevar esta estrutura de braços e cabeça para cima. O apoio do sacro permanece constante assim como a lordose lombar. A bacia desta forma está plana com púbis e cristas ilíacas alinhadas. A ativação do transverso “espalha” a musculatura abdominal fixa nesta região impedindo o “pop” (projeção anterior) do reto abdominal.
  Na descida é importante continuar tracionando a nuca para longe e ombros para baixo enquanto mantém certa organização nas costelas. Caso contrário elas subirão juntamente com a coluna que se afastará do solo e perdermos assim a chance de fazer um bom alongamento axial nessa região.

Este é um texto extraído do site www.professorpilates.com.br

terça-feira, 26 de outubro de 2010

   I Congresso Brasileiro de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética, em Curitiba-PR, realizado no mês de outubro de 2010 realmente sensacional. Muito bem organizado, ótimos palestrantes e temas bem abordados.

    Só elogios ao evento! 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Isostretching

   Isostretching é uma ginástica postural e global.
   Os exercícios são realizados com a coluna em uma posição correta e o corpo todo é trabalhado em cada postura. Sempre incentivando o autoengrandecimento (o "crescer para o alto") ativando a musculatura paravertebral profunda.
   Busca-se a contração e o relaxamento dos músculos para obter a harmonia do corpo e a qualidade dos movimentos bloqueando as compensações.

   Assim como no Pilates, valoriza-se a qualidade do exercício e não a quantidade de repetições.
   A base deste método é a respiração, domínio da posição com intenso trabalho muscular. O aspecto das posturas pode levar a pensar que são fáceis e banais, mas a dificuldade está nas contrações e tensões musculares e na limitação dos movimentos compensatórios.
   De acordo com Bernard Redondo (2006), o criador do método, o Isostretching é corretivo, educativo, preventivo, flexibilizante e tonificante.

domingo, 26 de setembro de 2010

Quanto tempo de tratamento?!

O texto a seguir é do livro "Os Desequilíbrios Estáticos" do francês Marcel Bienfait. Está falando sobre a duração dos tratamentos de reeducação postural,  como a RPG. 

"... a reeducação estática é sempre um tratamento longo... Isso conduz uma primeira regra de trabalho: não se deve multiplicar o número de sessões. Para serem plenamente eficazes elas devem ser de cerca de uma hora. Claro que são cansativas. Desde o início, o ritmo ideal de uma sessão por semana é bem aceito pelo paciente. O erro é sempre o de querer ir rápido demais. Os desequilíbrios estáticos se instalam lentamente e não podem desaparecer rapidamente. No intervalo entre as sessões, o terapeuta poderá dar ao paciente um pequeno trabalho pessoal diário. ...ele deve saber que os resultados não são instantâneos e que deve prever umas vinte ou trinta sessões. Uma coisa muito importante: as dez ou quinze primeiras sessões devem ser realizadas de forma regular, sem faltas. Se esse ritmo for respeitado, os pequenos resultados iniciais fazem com que o tratamento evolua bem. Caso contrário, é provável que a causa esteja perdida de antemão."

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dor de Cabeça?!

Liberação da cervical alta na cefaléia cervicogênica/ High cervical release in cervicogenic headache

Autor(es): Miranda, Christiane Beirão de; Mohalem, Maurício
Fonte: Ter. man; 5(22): 346-349, out.-dez. 2007. tab, graf
 
[LILACS ID: 481029 ] Idioma: Português
 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pilates com a Bola

   A bola requer equilíbrio, vigor e força e que a musculatura esteja sempre ativada durante os exercícios. Auxilia na estabilização da musculatura e trabalha suas camadas mais profundas de modo eficaz. Além de ser utilizada nas sessões de fisioterapia, a bola também vem servindo como um novo instrumento nas aulas de Pilates e por praticantes de yoga para facilitar algumas posturas.

   Pilates com bola tem como objetivo treinar os músculos posturais e fortalecer o tronco mantendo a saúde do corpo. É a combinação dos princípios, exercícios e a respiração do Pilates com as qualidades dinâmicas dos exercícios com bola.

   Joseph Pilates preconizava que os movimentos deveriam ser iniciados a partir do centro de força. E acreditava que quanto mais forte é este centro mais eficazes são os movimentos. E com os abdominais fortes a coluna mantém-se adequadamente alinhada e pode suportar e distribuir bem o estresse localizado nesta estrutura. O processo é chamado de Centragem e é o princípio fundamental do Pilates trabalhado com bola.

   Centro de força é a região entre as costelas inferiores e a pelve, denominada assim pelo criador do método. Se não mantivermos o abdome contraído e não estivermos “centrados” a bola ficará mais instável e pode se deslocar mais facilmente.

   Collen Craig, treinadora da Stott Pilates, diz em seu livro sobre este tema que são feitas apenas entre 6 e 8 repetições dos exercícios na bola. E que “Joseph Pilates era inflexível quanto ao número de repetições... É a qualidade que importa no movimento e não a quantidade.”

   Esta mesma autora faz um comentário sobre os exercícios com bola:
" A bola brinca desavergonhadamente com a gravidade e cria um estímulo duplo de prazer e perigo."